O IOTWS – Sistema de Alerta contra Tsunamis e Atenuação de seus Efeitos no Índico nasceu oficialmente nesta quinta-feira (30), com a implementação do CIG – Grupo Intergovernamental de Coordenação encarregado de administrá-lo, anunciou a Unesco – Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura.
Essa foi uma das decisões da 23.ª reunião da Assembléia da IOC – Comissão Oceanográfica Internacional, que também decidiu criar organismos similares no Caribe e regiões adjacentes, no Atlântico Nordeste e no Mediterrâneo e seus mares adjacentes.
O secretário-executivo da IOC, Patricio Bernal, destacou que a instalação e a modernização de marógrafos serão baseadas nos sistemas das diferentes regiões do mundo, que monitoram as repercussões de terremotos de grande magnitude sobre o comportamento das águas.
Custo e risco – Segundo Bernal, os marógrafos, de custo relativamente baixo (cerca de US$ 10 mil), são instrumentos capazes de transmitir informações em tempo real, correspondentes a movimentos repentinos, como um tsunami, ou mais lentos, como os relacionados com as mudanças climáticas e as variações do nível do mar, destacou.
Ele destacou o “claro compromisso” expressado por todos os países do COI para enfrentar os riscos de tsunami e lembrou a “evidência” de que este tipo de riscos existe no mundo todo.
A Itália, destacou, ofereceu-se como sede para a primeira reunião do grupo mediterrâneo, da qual também participará a Comissão da União Européia para “coordenar esforços”. O Grupo Intergovernamental de Coordenação para o Oceano Índico realizará sua primeira reunião de 3 a 5 de agosto próximos em Perth, Austrália.
Índico – O sistema de alarme do Oceano Índico, elaborado pela IOC, pelos países doadores e da região e por outros parceiros institucionais, será “uma rede coordenada de sistemas nacionais”, cujos bens e instalações serão administrados pelos países-membros que os receberão ou assumirão sua responsabilidade.
A rede já começou a funcionar parcialmente e deverá ser “plenamente operacional” em julho de 2006, quando deve estar formada por redes sismográficas aperfeiçoadas, de redes de marógrafos que transmitirão os dados em tempo real e captadores de pressão em águas profundas, assim como de centros nacionais de alerta em relação com os sistemas nacionais de gestão de catástrofes.
A Assembléia do IOC concluiu seus trabalhos seis meses e quatro dias depois do maremoto que em 26 de dezembro de 2004 causou mais de 150 mil mortes e provocou o deslocamento de mais de 5 milhões de pessoas no Sudeste Asiático. (Estadão Online)