A Diretoria de Ecossistemas do Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis deu anuência para que o Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul realize pesquisa na reserva biológica marinha do Arvoredo (SC), próxima à Florianópolis. Trata-se da primeira licença concedida pelo Ibama para bioprospecção (pesquisa científica com finalidade de criar um produto) em uma unidade de conservação federal.
O projeto da pesquisa, intitulada “Biodiversidade e metabólicos secundários de bactérias associadas a esponja”, é de 4 anos e tem por finalidade estudar a bioatividade das esponjas marinhas com vista à produção de medicamentos como antibióticos e remédios para tratamento de câncer. A pesquisa é coordenada pela bióloga Beatriz Mothes que coordena equipe de sete pesquisadores inclusive alemães.
A licença não autoriza a coleta de espécies ameaçadas de extinção, o acesso à informação genética ou a remessa de dados e material colhido para instituição estrangeiras. Pesquisadores dessas instituições só poderão fazer trabalho de campo acompanhados por brasileiros. A renovação da licença, que tem prazo de um ano, ficará sujeita ao envio de relatório ao Ibama. No Brasil existem cerca de 250 espécies de esponja. (Gilberto Costa/ Ibama)