Queima precisa de autorização do Ibama

Queima controlada exige cuidados. O primeiro é requisitar aprovação do Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. Feito isto, a melhor hora de acender o fósforo é no final da tarde, após as 16h30, de preferência em época de alta umidade. A fogueira deve evoluir contra o vento. É imprescindível fazer o aceiro, que é a poda em torno da área a ser queimada, de modo a evitar que o fogo se alastre. O Ibama só libera queima controlada de roçados nos meses de maior umidade, menos vento. A combustão pode demorar mais, mas o risco de o fogo sair de controle é muito menor.

Se for feita pela manhã e sair de controle, a queima ganha fôlego no sol do meio-dia e pode se propagar perigosamente. Se o vento for forte, a situação de agrava. E, sem a interseção do aceiro, se espalhará pela mata seca.

Dois fatores principais provocam incêndios florestais. Ambos têm como agente o homem. Em primeiro lugar, a negligência: a queima mal planejada, o toco de cigarro, fogueira mal apagada. Em segundo, a ação criminosa de piromaníacos deliberados, gente que queima por prazer doentio, e os que o fazem sem intenção. Causas naturais (raios) vêm em último lugar e é fenômeno regional. O Parque Nacional da Serra da Canastra, em Minas Gerais, concentra 50% dos incêndios desencadeados por raios.

Satélites – Os relatórios do satélite são compartilhados com todos os órgãos que fazem parte dos Comitês de Combate a Incêndio nos estados e podem ser acessados por qualquer pessoa, a qualquer momento. Para isto, basta se cadastrar na página do Inpe www.dpi.inpe.br/proarco/bdqueimadas. Por causa do alcance das informações, elas são utilizadas também pelos governos do Peru, Paraguai, Venezuela, Bolívia. (Rubens Amador/ Ibama)