A vacina utilizada no rebanho contaminado com febre aftosa em Mato Grosso do Sul foi considerada eficiente, segundo análise feita pelo Panaftosa – Centro Pan-Americano de Febre Aftosa.
Em comunicado ao Ministério da Agricultura, o Panaftosa informou ainda que a vacina oferece excelente proteção contra o vírus tipo “O”, encontrado nos animais contaminados.
O resultado da análise do Centro descarta a possibilidade de que o vírus responsável pela doença na fazenda Vezozzo, no município de Eldorado (MS), seja um vírus mutante ou exótico, não coberto pela vacina.
De acordo com o diretor do Departamento de Saúde Animal do ministério, Jorge Caetano, o Panaftosa constatou que o vírus encontrado no rebanho contaminado é típico da América do Sul.
Ele explicou, no entanto, que ainda não é possível identificar a origem da contaminação do gado, pois é preciso avaliar as condições em que as vacinas foram armazenadas e se houve falhas no processo de vacinação. Segundo o técnico, o congelamento das vacinas, por exemplo, pode anular seus efeitos, eliminando os anticorpos.
A vacina contra aftosa é produzida por seis laboratórios privados autorizados pelo Ministério da Agricultura. Segundo o diretor, essas vacinas são eficientes para os vírus tipo A, C e O.
O resultado dos testes pelo Panaftosa deverão servir para tranqüilizar os produtores que vacinaram seus rebanhos corretamente mas temiam falhas na vacina.
De acordo com o técnico, as propriedades sob suspeita de febre aftosa e também a fazenda Vezozzo, onde o foco já foi confirmado oficialmente, teriam vacinado o rebanho. Algumas delas teriam inclusive registros documentais dessa vacinação. (Patrícia zimmermann/ Folha Online)