A pressão de avicultores, frigoríficos e supermercados levou a EFSA – Autoridade Européia para a Segurança Alimentar a fazer um comunicado, nesta quarta-feira (26), afirmando não ter nenhuma prova de que o consumo de frango ou seus derivados cause a gripe aviária – embora não exclua essa possibilidade.
A cadeia que envolve produtos avícolas na Europa é estimada em ¢ 15 bilhões e enfrenta uma forte queda nas vendas, por causa da preocupação dos consumidores com a gripe aviária.
A reação dos produtores ocorreu quando o Financial Times publicou a informação de que a EFSA recomendaria, nesta quarta, que os europeus não consumam ovos crus e que cozinhem o frango muito cuidadosamente para reduzir o risco de contágio.
A organização, com sede em Parma, na Itália, recomendou calma à população e afirmou que “que não há risco de propagação do vírus” por consumir ovos crus, mas reconheceu que “não exista risco zero”.
“Sempre há um risco”, afirmou o comissário europeu de Saúde, Philip Tod, segundo a agência Efe. Podem existir, explicou ele, “riscos residuais de outras infecções pelo consumo de produtos crus”.
A EFSA manteve em seu comunicado as recomendações de cozinhar bem a carne e os ovos, como já tinha recomendado antes, para evitar doenças como a salmonela, conselho que agora estende para prevenir “qualquer risco potencial”.
“Embora seja pouco provável que o H5N1 possa passar aos humanos através da carne de frango crua e dos ovos crus, cozinhar a comida adequadamente tornaria o vírus inativo e eliminaria qualquer risco potencial”, afirma o comunicado. (Estadão Online)