A conferência de especialistas do Apec – Fórum Ásia-Pacífico sobre a gripe aviária terminou nesta terça-feira (01), em Brisbane, na Austrália, com um alerta de que se deve agir imediatamente para evitar que uma epidemia global se estenda entre as aves. É necessário também, insistiram os participantes, estar preparado para a possibilidade de o vírus da gripe aviária mudar e se transmitir entre os humanos, provocando uma pandemia. O prioritário, no entanto, é evitar uma epidemia entre os animais.
“Não há garantias (de que isso não ocorra)”, disse na entrevista coletiva realizada ao final da reunião Doug Chester, embaixador australiano perante o Apec que presidiu o encontro.
“A gripe aviária já está tendo um impacto na indústria avícola e na indústria turística”, disse Chester, e caso aconteça uma epidemia global, “as repercussões econômicas serão enormes”, advertiu.
Subhash Morzaria, principal assessor técnico da FAO – Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação, apontou que serão necessários U$ 102 milhões para enfrentar uma epidemia em aves no Sudeste Asiático e outros U$75 milhões se a gripe infectar as aves na África.
A reunião de Brisbane serviu aos especialistas para traçar as linhas básicas de uma estratégia que servirá de pauta para todos os Países membros do Fórum, explicou Chester, e indicará o que falta para estar completamente preparados.
Por isso, acrescentou o embaixador australiano, serão feitos exercícios no próximo ano para avaliar as repercussões de uma epidemia localizada em um país sobre seus vizinhos.
Por sua vez, Leon Prop, diretor da delegação da Cruz Vermelha Internacional no Pacífico, indicou aos jornalistas que a reunião ressaltou a contribuição que podem dar os fazendeiros para comunicar, imediatamente, qualquer indício de uma epidemia. (Efe/ Estadão Online)