A chuva que atingiu algumas cidades do Sudoeste do Paraná na tarde desta terça-feira (17) não foi suficiente para minimizar os efeitos da estiagem, que ameaça desabastecer alguns municípios. Para receber ajuda dos governos federal e estadual contra a falta de água, a prefeitura de Realeza decretou situação de emergência.
O decreto assinado nesta terça pelo prefeito Eduardo André Gaievski (PT) será encaminhado para análise da Defesa Civil do Estado e posteriormente, para ratificação ou não, ao governo federal. Técnicos da prefeitura, da Seab – Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento e Emater – Empresa de Assistencia Tecnica e Extensao Rural ajudaram a compor o relatório de perdas causadas pela estiagem. De acordo com Odir Basso, da Emater de Realeza, os prejuízos contabilizados até o dia 9 de janeiro atingem R$ 14,2 milhões, ultrapassando os 10% do PIB anual do município.
De acordo com Basso, os maiores prejuízos foram verificados nas lavouras de milho (70%), de soja (65%) e na bovinocultura de leite. Os técnicos estimam que os produtores rurais perderam 450 mil litros de leite nos últimos trinta dias. Para atender os agricultores, a prefeitura está fornecendo água com caminhões-pipa.
Em Renascença, outra cidade afetada pela seca, os prejuízos ultrapassam os R$ 28 milhões. Segundo Delair Ventura, da Defesa Civil de Francisco Beltrão, a maioria dos municípios do Sudoeste já se prepara para decretar situação de emergência.
De acordo com a Sanepar – Companhia de Saneamento do Paraná, os municípios mais ameaçados pelo desabastecimento são Capanema, Santa Isabel, Salto do Lontra e Nova Prata do Iguaçu, onde as vazões dos mananciais caíram 50%. (Gazeta do Povo/PR)