Uma política de prevenção de desastres naturais é oito vezes mais econômica que financiar operações de ajuda e reconstrução das zonas afetadas, afirmou na quinta-feira (26) o diretor-executivo do Conselho Mundial da Água, Daniel Zimmer.
Em visita ao México, sede do Fórum Mundial da Água entre 16 e 22 de março, Zimmer explicou que nesta reunião mundial “haverá destaque para este fato: os especialistas concordam em considerar o financiamento preventivo oito vezes mais benéfico que o orçamento destinado ao resgate e à recuperação”.
O diretor executivo do Conselho Mundial da Água manifestou preocupação com o fato de que “os governos de todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto desenvolvidos, estão deixando de investir em redes de monitoração dos riscos relacionados com a água”.
Como exemplo, o Conselho afirmou que os danos causados pelo furacão Katrina, que devastou o sudeste dos Estados Unidos em 2005, foram duas vezes superiores aos deixados pelos atentados de 11 de setembro de 2001.
“As estimativas mostram que o relógio de desenvolvimento de um país retrocede de cinco a dez anos cada vez que sofre uma catástrofe natural”, acrescentou.
Segundo ele, as tragédias naturais relacionadas com a água na África, América Central e pequenas ilhas fazem com que o PIB retroceda em cada fenômeno e afete suas economias por várias décadas sem chegar a uma reconstrução das áreas afetadas.
O Conselho Mundial da Água, com sede em Marselha, promove uma melhor gestão dos recursos hidráulicos, tanto em nível governamental quanto entre os atores econômicos. A cada três anos celebra um fórum mundial. O do México será a quarta edição, depois dos realizados em Marrocos (1997), Haia (2000) e Kyoto (2003). (Terra)