O IAP – Instituto Ambiental do Paraná vai continuar a monitorar a qualidade da água do mar mesmo depois do fim da temporada de verão. Além disso, as placas de orientação aos banhistas, que indicam os pontos impróprios e próprios para banho, devem continuar a ser colocadas na areia para alertar os moradores e os eventuais visitantes do litoral que queiram entrar no mar.
“O Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) diz que precisamos fazer a marcação dos pontos somente nos meses de grande fluxo de pessoas. Mas vamos deixar as placas na praia durante todo o ano”, afirma o presidente do IAP, Rasca Rodrigues. A medida atende a uma reclamação de moradores e comerciantes do litoral, que criticavam o IAP por “abandonar” as praias depois do fim do verão.
Mudanças – Em relação ao esquema montado pelo IAP durante a temporada, porém, haverá mudanças. Depois do próximo boletim de balneabilidade, que será divulgado na quarta-feira que vem, as coletas de água e os resultados de análises serão realizados e divulgados uma única vez ao mês. Durante o verão, as coletas eram feitas duas vezes por semana e os relatórios eram divulgados semanalmente (sempre às quartas). A mudança se dará por causa da redução do número de pessoas que freqüentam as praias fora da temporada. As barraquinhas do IAP, que também indicavam os locais apropriados e inapropriados para banho, também não estarão mais nas praias. Somente as placas vão continuar a ser colocadas.
Rodrigues diz que o IAP também vai acompanhar o trabalho de regularização das ligações de esgoto irregulares nas praias – a causa dos problemas de balneabilidade, já que o esgoto sem tratamento acaba indo parar no mar. “Estaremos acompanhando as visitas da Sanepar às casas e mandando correspondências a todos os vereadores do litoral para que transformem em lei municipal a obrigatoriedade da fossa séptica correta, que precisa ser horizontal e deve ter o tamanho adequado para a quantidade de pessoas daquela residência”, afirma o presidente do IAP.
Ele ainda diz que é preciso que as prefeituras combatam as ligações irregulares e que os proprietários de imóveis colaborem ao fazer a ligação ou a correta manutenção de suas fossas. “Nosso litoral só vai existir economicamente no futuro se alguma coisa for feita agora.” (Gazeta do Povo/PR)