Chegou ao fim a 8ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica – COP8. O “final da festa” parecia mais uma ressaca, depois que as discussões se arrastaram madrugada adentro.
Em 2005, em mil crianças nascidas na área do Distrito Sanitário Especial Vale do Javari (Amazonas), 103 morreram. A média nacional calculada pela Funasa é praticamente a metade desse índice: 50 mortes em mil nascidos.
O secretário-executivo da Convenção da Diversidade Biológica da ONU destacou a participação de 4 mil participantes, contra os 2.600 da última reunião, realizada na Malásia.
O programa Cidade Amiga da Amazônia, do Greenpeace, tem o objetivo de incentivar as cidades brasileiras a adotarem leis que evitem o consumo de madeira nativa de origem criminosa nas compras e licitações públicas.
Entre os avanços está a definição do ano de 2010 como prazo máximo para criação de um regime internacional de acesso e repartição dos benefícios gerados a partir do uso de recursos genéticos.
Estudo, realizado no Brasil e na Colômbia, diz que, ao contrário da teoria, a biodiversidade desses lugares não está aumentando com o aquecimento global.
A principal crítica do Greenpeace à COP8, foi a não definição de um programa de trabalho claro para a construção de um regime internacional de acesso a recursos genéticos e conhecimentos tradicionais associados e repartição de benefícios.
Com protesto e pressões junto às delegações, ambientalistas e agricultores conseguiram barrar a liberação de árvores transgênicas na COP8. O assunto deve voltar à pauta apenas na COP9, na Alemanha em 2008.
Os participantes da COP8 decidiram recomendar, à ONU, que conceda moratória a práticas que tenham impacto negativo sobre a biodiversidade em áreas marinhas fora das jurisdições nacionais.
O Brasil e outras nações megadiversas (com a maior diversidade de espécies de plantas e animais do planeta) defendiam como prazo limite a COP9, em 2008, mas a posição enfrentou resistência dos países desenvolvidos.
Segundo o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, a Polícia Federal está atuando para evitar a ocorrência de novas transgressões à lei em invasões dos trabalhadores sem-terra em áreas de pesquisa agrícola.