O secretário de Saúde dos EUA, Mike Leavitt, anunciou nesta segunda-feira (5) que autorizou os Institutos de Saúde Pública e os Centros de Prevenção e Controle de Doenças a iniciarem o trabalho numa segunda vacina contra a gripe aviária.
Para evitar surpresas, como uma possível pandemia da gripe aviária, “é preciso continuar desenvolvendo novas vacinas”, disse Leavitt numa conferência sobre vacinação em Atlanta.
A previsão dos funcionários de saúde é basear a segunda vacina numa amostra recolhida na Indonésia no ano passado, segundo Ruben Donis, responsável da equipe de genética molecular do departamento de gripe dos Centros para o CDC – Controle e Prevenção de Doenças.
A vacina atualmente existente está baseada numa amostra do vírus recolhida no Vietnã, em 2004. Acredita-se que o H5N1 tenha sofrido mutações desde então e que a cepa encontrada atualmente na África e na Europa seja diferente.
Os EUA já gastaram US$ 250 milhões em 8 milhões de dose contra a versão vietnamita da gripe aviária. O governo americano assinou um contrato com as farmacêuticas Chiron Corp. e Sanofi Pasteur, para a produção dessas doses, a maioria das quais já foi produzida, disse Bill Hall, um dos porta-vozes dos Serviços de Saúde dos EUA. Ele não informou o custo da segunda vacina.
Até o momento, o vírus H5N1 matou aves de 30 países (na metade dos casos, em questão de um mês) e contagiou 174 pessoas desde 2003, das quais 94 morreram, o que representa uma taxa de mortalidade no ser humano de 54%, segundo a OMS – Organização Mundial da Saúde. (Efe/ Estadão Online)