Mais pessoas do que se pensava podem estar em risco de contrair a doença de Creutzfeldt-Jakob (CJD), a versão humana do mal da “vaca louca”, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira (27) pela revista The Lancet Neurology.
Este risco se deve ao longo período de incubação da doença e a possibilidade de transmissão por meio de transfusões de sangue e instrumentos cirúrgicos, de acordo com cientistas da Unidade de Vigilância Nacional de CJD e o Instituto de Saúde Animal de Edimburgo (Escócia).
Após pesquisar em ratos, os analistas chegaram à conclusão que a CJD pode permanecer no organismo durante anos sem que sintomas se apresentem, agregam.
Os cientistas consideram que a CJD pode passar entre humanos através do que chamam segundas transmissões, como transfusões de sangue e equipamento cirúrgico contaminado com “uma eficácia relativa”.
Acredita-se que a CJD, que afeta o cérebro e causa mudanças na personalidade, passa do gado para os humanos através do consumo de carne infectada com a EEB – Encefalopatia Espongiforme Bovina, mais conhecido como o mal da “vaca louca”. Segundo os analistas, foram registrados 161 casos de CJD no Reino Unido. (Efe/ Estadão Online)