Para AEB, missão espacial impulsiona ciência no Brasil

A participação de um brasileiro na “Missão Centenário” deve impulsionar o desenvolvimento científico e tecnológico no país. A afirmação foi feita recentemente pela AEB – Agência Espacial Brasileira, junto com a Nasa – Agência Espacial Norte-americana, esta organização escolheu Marcos Pontes para ser o primeiro astronauta brasileiro.

Segundo Sergio Gaudenzi, presidente da AEB, a viagem de Pontes vai aproximar o Programa Espacial Brasileiro da população, tornando esta iniciativa mais conhecida. “O Brasil faz parte de um grupo restrito de países com um programa espacial completo, o que significa ter um centro de lançamentos, um veículo lançador e satélites”, afirmou, segundo a agência Brasil.

A participação de Pontes no vôo teve origem quando o Brasil ingressou no grupo de 15 nações envolvidas com o projeto da Estação Espacial Internacional. Isso aconteceu em 1997 e, no ano seguinte, Pontes foi selecionado para representar seu país no espaço.

Em 18 de outubro de 2005, a viagem de Pontes foi oficializada quando Gaudenzi e Anatoli Perminov, presidente da Rocosmos – Agência Espacial da Federação Russa, assinaram em Moscou o contrato que garantia a participação do brasileiro na missão. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o líder russo Vladimir Putin participaram da cerimônia.

O custo para a realização da missão aos cofres brasileiros foi de cerca de US$ 10 milhões – metade do preço “real”, segundo a AEB, por conta de uma parceria entre Brasil e Rússia, um dos principais países envolvidos no projeto da ISS (sigla em inglês para Estação Espacial Internacional).

Crítica – Em fevereiro, o diretor do CTA – Comando Geral de Tecnologia Aeroespacial, antigo Centro Técnico Aeroespacial, tenente-brigadeiro-do-ar Carlos Augusto Leal Velloso, afirmou que a viagem do astronauta brasileiro é “questão de marketing” e que a experiência “não trará qualquer avanço científico para o Brasil”.

“O fato de ele (Pontes) voar não traz nenhum avanço tecnológico. Ainda assim, o programa espacial ganha com a viagem, porque está sendo divulgado para toda a nação”, declarou. (Folha Online)