O modelo de gestão do Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, vem chamando a atenção dos participantes da COP8 – 8ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica, que acontece até dia 31 de março, em Curitiba (PR).
De acordo com o chefe da unidade, Jorge Pegoraro, nos últimos dias o parque recebeu a visita técnica de delegações de alguns países em busca de experiências na área de conservação de uma unidade transfronteiriça. Os parques nacionais do Iguaçu (Brasil) e Iguazú (Argentina) são divididos apenas pelo rio Iguaçu.
Juntos os dois parques formam um dos maiores remanescentes contínuo do bioma da Mata Atlântica, totalizando mais de 250 mil hectares de área protegida. As administrações dos dois parques realizam ações integradas na defesa da conservação da biodiversidade do local e do compromisso em assegurar o título de Patrimônio Natural da Humanidade.
No último fim de semana a área foi visitada pela delegação chinesa. Na terça-feira (28) foi a vez de representantes do governo da Indonésia conhecerem a unidade. O grupo, acompanhado do representante da WWF, Luciano Lacerda, visitou os atrativos da área das Cataratas do Iguaçu e mais tarde assistiram uma palestra sobre conservação na sede da unidade.
O governo indonésio juntamente com a Malásia e Brunei pretendem implantar um mosaico de áreas protegidas de caráter trinacional com mais seis milhões de hectares na ilha de Bornéu, sudeste da Ásia. Na avaliação de Pegoraro, que acompanhou na semana passada a equipe do Parque Nacional, as experiências do Iguaçu começam a tornar-se referência internacional. (Adilson Lago/ Ibama)