Áreas prioritárias para conservação na Mata Atlântica estão sendo identificadas

O Ministério do Meio Ambiente está fazendo o mapeamento das áreas prioritárias para conservação, uso sustentável e repartição de benefícios da biodiversidade na região da Mata Atlântica. Em julho, o governo vai promover reuniões regionais no Sul, Sudeste e Nordeste com ambientalistas, quilombolas, comunidades indígenas, governos estaduais e municipais e sociedade civil para identificar quais áreas deverão receber mais atenção.

Na última semana, foi realizada em São Roque, São Paulo, um encontro com aproximadamente 50 estudiosos da Mata Atlântica. O objetivo era consolidar os dados já disponíveis sobre o bioma. Com base no resultado dessa reunião, a Secretaria de Biodiversidade e Florestas está desenvolvendo um mapa para orientar as discussões das reuniões regionais. A expectativa é de que até outubro se tenha o mapeamento definitivo do bioma.

Em 1999 foi feita a identificação de áreas prioritárias da Mata Atlântica. Na época, um decreto determinou que seria necessário uma revisão desse estudo num prazo de 10 anos. E é essa revisão que o ministério está desenvolvendo agora. “Esse mapeamento é qualitativo. Ele vai dizer onde é preciso conservar ou recuperar, fazer uso sustentável ou implantar uma unidade de conservação. Vai ainda justificar essa definição, apontando, por exemplo, que espécies estão ameaçadas numa área apontada como prioritária para a recuperação da vegetação nativa”, explicou Wigold Schäffer, coordenador do Núcleo de Mata Atlântica da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do ministério. (Marluza Mattos/ MMA)