ONU concede prêmio global para projeto de restauração da Mata Atlântica

O esforço para restaurar 15 milhões de hectares de florestas na Argentina, Brasil e Paraguai foi reconhecido como Iniciativa de Referência da Restauração Mundial.

Viveiro Associação Ambientalista Copaíba. — Foto: Divulgação/Lucca Messer/UNEP

A Organização das Nações Unidas (ONU) concedeu um prêmio global para uma iniciativa de recuperação da Mata Atlântica da América do Sul. Ao todo, serão dados prêmios para dez Iniciativas de Referência da Restauração Mundial.

O trabalho brasileiro é do Pacto Trinacional da Mata Atlântica, que está ajudando a preservar os habitats de vários animais ameaçados de extinção, incluindo a onça-pintada.

Para salvar a floresta, os defensores na Argentina, Brasil e Paraguai passaram três décadas promovendo a conservação das espécies e envolvendo as comunidades locais em suas ações. Um grande esforço incluiu a restauração de importantes bacias hidrográficas ao redor de São Paulo depois que a cidade foi atingida por uma grande seca.

Além do reconhecimento, o prêmio torna as iniciativas elegíveis para receber financiamento ou apoio da expertise técnica da ONU.

O progresso das dez inciativas será monitorado de forma transparente por meio do Quadro de Monitoramento da Restauração de Ecossistemas (Framework for Ecosystem Restoration Monitoring), a plataforma da Década da ONU para acompanhar os esforços na busca pela reconstituição do mundo natural.

O anúncio foi feito durante a COP15 onde governantes se reúnem no Canadá para fazer um acordo de um novo conjunto de metas a serem aplicadas na próxima década para salvar a natureza.

Restauração de ecossistemas

Até os dias de hoje, a atividade humana alterou três quartos das terras do planeta e dois terços de seu ambiente marinho, causando a extinção de 1 milhão de espécies.

A expectativa é de que o diálogo leve a uma meta global para a restauração de ecossistemas.

O trabalho de restauração do Pacto Trinacional da Mata Atlântica já ajudou cerca de 154 milhões de pessoas na região, aumentando as oportunidades de emprego, a segurança alimentar e o abastecimento de água.

Além disso, também auxilia as comunidades a lutar contra a mudança climática. Até 2050, os três países têm o objetivo de restaurar 15 milhões de hectares de floresta degradada.

Fonte: G1