O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, pediu na segunda-feira (22), Dia Internacional da Biodiversidade, que seja dada atenção urgente à deterioração que atinge as regiões áridas do planeta, onde 2.300 espécies correm risco de extinção.
Segundo Annan, que está em visita oficial à China, as terras áridas representam 40% da superfície do planeta, e sua degradação tem produzido efeitos dramáticos.
O secretário-geral da ONU destacou que oito dos dez países menos desenvolvidos do mundo estão em regiões áridas (muitos deles na zona saariana) e quase dois bilhões de pessoas vivem nestas áreas. “Devemos fazer mais para proteger a diversidade, da qual nosso planeta depende”, pediu o secretário-geral da ONU em sua mensagem.
Annan se reuniu na última sexta-feira (19) com o presidente da China, Hu Jintao, e na segunda conversou com o primeiro-ministro Wen Jiabao.
Por ocasião do Dia Internacional da Biodiversidade, o Grande Palácio do Povo de Pequim, sede do Legislativo, realizou um ato comemorativo que incluiu a apresentação de dois novos programas de cooperação sobre o tema entre a China, a União Européia e o Pnud – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.
Em 19 de maio, a imprensa oficial anunciou uma nova lei que entra em vigor em 1º de setembro que proibirá o comércio de espécies protegidas na China. Com esta lei, a China cumprirá seus compromissos internacionais, ao assinar a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestres (Cites, criada em 1973 em Washington).
Os animais em maior risco de extinção no país são o urso panda, o macaco dourado, o antílope tibetano, o golfinho do Yang-Tsé e os tigres do nordeste e do sul da China. (Efe/ Estadão Online)