O aumento de quase dois metros nos últimos 30 dias na cota do alto rio Negro, influenciando o nível das águas no Alto Solimões e no Baixo Amazonas, fez a Secretaria de Estado da Defesa Civil decretar estado de emergência em mais quatro municípios do interior do Estado.
Barcelos, Santo Antônio do Içá, Urucará e Itacoatiara começam a receber a visita de equipes do Governo do Estado nos próximos dias para avaliação da necessidade de assistência às famílias atingidas pela enchente. A informação foi dada na quarta-feira (31), durante a divulgação do 3.º e último alerta para a cheia no Amazonas.
Manaus, Boa Vista do Ramos e São Sebastião do Uatumã permanecem em estado de alerta. Os municípios de Nhamundá, Barreirinha, Uricurituba, Parintins, Careiro da Várzea e Manaquiri, continuam em estado de emergência desde o 2.º alerta da cheia, em 30 de abril. Por outro lado, o fim da enchente nos rios Madeira, Purus e Juruá fez com que alguns municípios dessas regiões saíssem dessa situação, como informou na quarta-feira a CPRM – Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais.
De acordo com o tenente-coronel Roberto Rocha, secretário executivo de Estado da Defesa Civil, a situação das famílias localizadas nos municípios de Urucará, Santo Antônio do Iça, Nova Olinda do Norte e Itacoatiara é considerada de médio risco. Ele ressaltou que milhares de casas nas comunidades dessas cidades foram inundadas com o transbordo de rios e igarapés.
“Moradores dos locais afetados estão com quase 40 centímetros do solo de suas casas cobertos por água. Plantações inteiras também foram destruídas pelas águas. A situação é bastante complicada. Por isso chegamos ao estado de emergência”, explica.
Dados da Defesa Civil do Estado apontam para 10.918 famílias com sérios problemas sociais gerados pela enchente nos dez municípios atualmente afetados. Entre as cidades com mais comunidades prejudicadas estão Nhamundá, Barreirinha e Manaquiri. (Jonas Santos/ A Crítica/AM)