A Operação Charrua, realizada nesta quinta-feira (8) pelas polícias Federal e Militar do estado, prendeu 14 índios Caingangue da reserva do Ligeiro, na região Norte, sob a acusação de formação de quadrilha, seqüestro e lesões corporais. Dois deles foram presos por porte ilegal de armas.
Também foram recolhidas espingardas de caça, revólveres e munição. E os presos foram levados para a penitenciária de Erechim, também na região Norte.
O delegado da Polícia Federal João Carlos Girotto, que chefiou a ação, disse que havia denúncias de crimes como expulsões e agressões físicas, e que o objetivo da Operação Charrua era cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão de armas. E que outros seis índios estão sendo procurados, entre eles o cacique da reserva.
O controle da área, onde vivem 1.800 caingangues, segundo o delegado, é alvo de disputa de dois grupos indígenas: “O cacique organizou uma milícia e, de forma totalmente afrontosa à lei, expulsava índios e arrendava irregularmente as terras”.
O comandante da Polícia Militar na região, coronel Waldir dos Reis Cerutti, explicou que a situação se agravou na semana passada, quando um grupo de índios teria apedrejado um ônibus com estudantes que passava próximo à aldeia e dois alunos ficaram feridos. “Se a situação continuasse, o conflito seria ainda maior”, disse. (Shirley Prestes/ Agência Brasil)