Cientistas de todo o mundo reúnem-se nesta semana em Halifax para pôr um andamento um programa de controlará, eletronicamente, as migrações de espécies marinhas, de lulas a tubarões. A Rede de Rastreamento Oceânico pretende marcar com sinal eletrônico milhares de animais marinhos, para seguir seus movimentos pelos oceanos.
O projeto amplia programas-piloto postos em prática na América do Norte e que, durante os últimos anos, seguiram as migrações de várias espécies marinhas nas águas do Pacífico, junto a Canadá e Estados Unidos. O primeiro desses pilotos, chamado “Post” (Pacific Ocean Shelf Tracking, ou Rastreamento da Plataforma Oceânica do Pacífico) revelou as rotas dos salmões que nascem nos rios de EUA e Canadá e passam a vida adulta no mar.
A informação vem de pequenos transmissores instalados no corpo dos animais. Os cientistas também depositaram no fundo do mar uma rede de receptores que recebem e registram os dados.
A rede Post cobre 1.750 km atualmente, indo do Oregon ao Alasca, passando pela província canadense de Colúmbia Britânica. O segundo programa, baseado na Califórnia, chama-se “Topp”, e servirá de base para a Rede de Rastreamento. Nesse caso, a informação dos transmissores instalados nos animais é recolhida via satélite, quando as criaturas emergem. O Topp já acompanha milhares de animais, incluindo baleias, atuns, tartarugas e tubarões.
O cientista Ron O´Dor, principal responsável pela Rede de Rastreamento, destaca que o projeto permitirá não apenas seguir os aniamis, como também analisar a situação dos oceanos. Os rastreadores instalados registrarão também dados como a salinidade e a temperatura da água. (Efe/ Estadão Online)