Pesquisa diz que diagnóstico e tratamento de osteoporose feitos em homens ainda são insuficientes

A fim de comparar o manejo da osteoporose em homens e mulheres, Richard Dell e equipe conduziram um estudo prospectivo e observacional com 875.000 pacientes com idade acima dos 50 anos de uma grande organização mantenedora de saúde no sul da Califórnia. Os resultados foram apresentados no Encontro Anual da Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos, realizado em março deste ano, em Chicago.

Segundo a pesquisa, o manejo da osteoporose em homens pareceu ser significativamente deficiente se comparado ao das mulheres em termos de identificação, diagnóstico e tratamento. “Um erro de julgamento comum é o de que a osteoporose é uma doença da mulher. Por essa razão, estudos anteriores têm demonstrado que o diagnóstico e tratamento de osteoporose em homens estão muito abaixo da taxa das mulheres”, afirmaram os pesquisadores no artigo.

Para o trabalho, os estudiosos realizaram um estudo prospectivo com 875.000 pacientes acima dos 50 anos. A métrica utilizada para calcular o manejo de osteoporose foi a comparação do número de scans DEXA, de medicações utilizadas e a taxa de fratura entre homens e mulheres.

“Identificamos que a taxa global de fratura em mulheres foi 2,7 vezes maior que a dos homens. Entretanto, no diagnóstico e tratamento as mulheres receberam 11,7 vezes o número de scans DEXA e 11 vezes o número de medicações antiosteoporose, não incluindo estrogênio e outras terapias de reposição hormonal”, disse Richard, no texto da apresentação.

Ainda de acordo com o artigo, mesmo após fratura, as mulheres pareceram ser 2,3 vezes mais propensas a receber um scan DEXA e 2,7 vezes mais propensas a receber tratamento antiosteoporose do que homens.
(Fonte: Agência Notisa)