A OMS – Organização Mundial da Saúde pediu que os governos melhorem a qualidade do ar nas cidades, dizendo que a poluição atmosférica mata dois milhões de pessoas anualmente, com mais da metade dessas mortes ocorrendo em países em desenvolvimento.
Reduzir o tipo de poluição conhecido com PM10 – matéria particulada menor que 10 micrômetros – poderia salvar até 300.000 vidas a cada ano, de acordo com nota emitida pelo escritório regional da OMS em Manila, nas Filipinas.
A poluição PM10 é provocada, principalmente, pela queima de combustíveis, fósseis ou de outros tipos. As partículas são tão pequenas que escapam dos filtros naturais no nariz e da garganta, e vão parar nos pulmões, onde provocam problemas de saúde.
A OMS informa que, em muitas cidades, os níveis médios anuais de PM10 excede os 70 microgramas por metro cúbico. Novas normas da OMS pedem a redução do nível a menos de 20 microgramas, para evitar problemas de saúde. Essa medida poderia cortar as mortes provocadas pela poluição do ar em 15%, de acordo com Maria Neira, diretora da OMS para saúde pública e meio ambiente.
A redução viria, ainda, a reduzir o custo global provocado por doenças respiratórias, cardíacas e pulmonares, disse ela.
A matéria particulada é considerada a pior ameaça para a saúde em termos de poluição do ar, mas as normas da OMS para qualidade do ar também recomendam uma redução dos níveis de ozônio na baixa atmosfera para 100 microgramas por metro cúbico. A regar anterior previa 120 microgramas. As normas também pedem uma redução do dióxido de enxofre para 20 microgramas, ante um limite anterior de 125. (AP/ Estadão Online)