Para estimar incidência de retinopatia diabética (DR) em uma população com ancestralidade afro-americana, M. Cristina Leske e colegas realizaram um estudo em pacientes com diabete melito ao longo de nove anos. O resultado foi publicado na edição de fevereiro da “Archives of Ophthalmology”.
Segundo os autores, foram feitas fotografias da retina em 436 pacientes com os sintomas, avaliados até o nono ano de exame. As incidências de retinopatia diabética mínima, moderada, severa, edema significante da mácula (CSME) e com risco para visão (retinopatia diabética severa mais CSME) foram definidas pelo desenvolvimento de mudanças diabéticas específicas em pessoas que não apresentavam estas condições no momento inicial da pesquisa. A progressão foi definida como o desenvolvimento de DR severa ou proliferativa em pessoas com DR mínimo ou moderado no momento inicial.
De acordo com o texto, a incidência de retinopatia diabética ao longo dos nove anos foi de 39,6%(38% para mínima, 9% para moderada, e 2,6% para severa/proliferativa DR). A taxa tendeu a aumentar com a duração da diabete e tratamento. Das pessoas com DR preexistentes, 8,2% progrediu para DR proliferativa. A incidência de CMSE foi 8,7% e aumentou com a duração da diabete, em acordo, dizem os autores, com a maioria das incidências para DR com risco para visão.
Para Leske e colegas, os resultados sugerem um possível baixo risco de DR severa/proliferativa nos negros com relação a brancos, enquanto a incidência de CSME parece comparável ou maior. O principal componente de DR com risco para a visão foi CSME, denunciando a importância de DR como causa de perda da visão nesta população.
(Fonte: Agência Notisa)