A mudança climática põe em risco a alimentação de humanos, tornando ainda mais difícil o desafio de alimentar a crescente população mundial, alertou nesta terça-feira (7) a FAO – Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação.
Em comunicado divulgado em Roma, por ocasião da realização, em Nairóbi, da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a FAO afirmou que “é necessário prestar mais atenção ao impacto da mudança climática sobre a agricultura, a silvicultura e a pesca”.
A agência da ONU também alertou para a necessidade de se estudar medidas de adaptação à mudança climática para “mitigar seus efeitos”. A FAO aponta como uma prioridade “o fortalecimento da resistência dos sistemas agrícolas às variações climáticas”.
A agência pretende proporcionar aos países “instrumentos e informação para transformar suas políticas e práticas agrícolas, pesqueiras e florestais”,
Seriam divulgados dados agrometeorológicos – para avaliar o impacto do clima -, ferramentas para examinar a vulnerabilidade dos cultivos, mapas de coberturas vegetais, evolução dos recursos agrícolas e florestais e a orientação sobre o desenvolvimento de meios de subsistência rurais.
Biocombustível – A FAO considera que sua ajuda não se limita à questão alimentícia. A agência também pode contribuir para mitigar os efeitos da mudança climática com a gestão de florestas e da energia procedente de fontes biológicas. Sobre esta última, o comunicado lembra que “está previsto um aumento progressivo dos combustíveis biológicos durante os próximos anos”.
A agricultura e a silvicultura proporcionarão as principais fontes de combustíveis biológicos – como já fazem os cultivos de açúcar, de milho e de soja, usados para produzir etanol e biodiesel.
A FAO ressalta que “embora não exista uma solução única para todos os países, a bioenergia tem um papel-chave para nos adaptarmos à mudança climática”. (Efe/ Folha Online)