Na última terça-feira, 5, durante trabalhos de fiscalização e monitoramento no interior e entorno da Floresta Nacional de Jacundá, uma equipe composta por três analistas ambientais do Ibama de Rondônia e dois policiais civis da Delegacia de Meio Ambiente do Estado apreendeu um avião monomotor que jogava sementes de pastagem em área desmatada dentro da Unidade de Conservação.
No percurso da linha 45 que dá acesso à unidade, a equipe se deparou com o avião, modelo carioquinha, parado na estrada. Durante a abordagem, o piloto informou que foi contratado para semear capim em área de propriedade privada, mas as coordenadas geográficas do local mostraram que a área em questão correspondia aos 198 hectares desmatados ilegalmente no interior da Flona Jacundá, já detectado pelo Ibama por meio de imagens de satélite em setembro deste ano.
O suposto “proprietário” e contratante do avião se encontrava no local e disse que a área foi comprada por dois primos dele que moram nos Estados Unidos. O mesmo foi autuado como responsável pelo desmatamento no interior da Unidade de Conservação. O avião foi apreendido, e em Porto Velho o piloto e o co-piloto foram levados à Polícia Federal para prestarem depoimento. O proprietário da aeronave foi autuado por causar dano em Unidade de Conservação.
A Floresta Nacional de Jacundá tem uma área correspondente a 220.644 hectares de cobertura florestal de espécies predominantemente nativas, abrangendo os municípios de Porto Velho e Candeias do Jamari no Estado de Rondônia. São objetivos básicos o uso múltiplo e sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica. Desde a sua criação, em 2004, a Flona Jacundá tem sofrido pressões antrópicas com invasões, grilagem de terra, desmatamentos e queimadas no sul do limite da unidade, onde a apreensão foi realizada, em especial na área proposta para a criação de um programa de assentamento pelo Incra, o Projeto de Desenvolvimento Sustentável Jequitibá. (Ibama)