Quase seis horas e meia após seu lançamento com sucesso no dia 27 de dezembro de 2006, a partir da base de Baikonur, no Cazaquistão, o satélite científico Corot (Convecção, Rotação e Trânsitos planetários) foi rastreado pelo Brasil em sua primeira passagem sobre Alcântara, no Maranhão, por meio de uma estação localizada no CLA – Centro de Lançamento de Alcântara.
Esta estação permitirá ampliar em quase 50% a quantidade de dados recebidos do satélite e é um dos frutos do acordo para ingresso do País no projeto, assinado entre o presidente da AEB – Agência Espacial Brasileira, Sergio Gaudenzi, e o presidente do CNES – Centro Nacional de Estudos Espaciais da França, Yannick d’Escatha, em junho de 2005 em Paris.
O rastreio, feito pela equipe do Inpe/MCT – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, mostrou a precisão de colocação em órbita do lançador russo Soyuz. Atualmente, o CoRoT passa pela fase de aceitação em órbita. Na fase operacional, que deve ter início dentro de aproximadamente um mês, a Estação de Satélites Científicos do Inpe, também instalada em Alcântara, será dedicada à recepção dos dados científicos do satélite francês.
Com o Corot será possível detectar, pela primeira vez na história da humanidade – por meio de medições precisas das variações de intensidade da luz das estrelas -, planetas rochosos do tamanho da Terra (potencialmente capazes de abrigar vida). Estima-se que o Corot descobrirá, em seus três anos de vida útil prevista, cerca de mil planetas gigantes do tipo de Júpiter e uma centena de semelhantes à Terra. (Redação Terra)