Começam nesta terça-feira (13) duas importantes ações para impulsionar as atividades da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no continente africano. Em duas rodadas – a primeira com representantes de organismos bilaterais de cooperação e a segunda com os de empresas nacionais com investimentos em países africanos – será apresentado o modelo do Escritório da Embrapa África (Acra-Gana) para promover a transferência e o uso de tecnologias em agricultura tropical. Em ambos os casos a expectativa dos especialistas da ARI – Área de Relações Internacionais da Embrapa é de dar início à formulação de estratégias para ações de cooperação.
Na primeira rodada, a intenção é dar início às discussões sobre como os projetos mantidos pelas instituições de cooperação técnica bilateral poderão potencializar seus resultados, colocando em prática as tecnologias com a marca Embrapa em diferentes regiões africanas. Com isso, será possível começar a formulação de estratégias para atividades conjuntas com o escritório sediado em Acra. “Muitos desses organismos já atuam com a Embrapa, tem portifólio de projetos para diferentes localidades e com os quais poderemos transferir tecnologia para gerar riquezas”, diz o consultor da ARI, Roberto Castelo Branco. Foram convidados a participar desta reunião representantes da Alemanha, Canadá, França, Japão, Reino Unido, Itália, Espanha, Áustria, Países Baixos, Noruega, Suécia, Suíça e Coréia do Sul.
Na quarta-feira (14) é a vez de mostrar aos representantes de empresas brasileiras com projetos na África – tais como Petrobras, Vale do Rio Doce e construtoras – que o Escritório da Embrapa África poderá ser um importante instrumento de cooperação naquele continente. Castelo Branco observa que investimentos relacionados à exploração de minérios, prospecção e refino de petróleo ou ainda a construção de obras de infra-estrutura, por exemplo, naturalmente requerem atividades de responsabilidade social ou de projetos de desenvolvimento sustentável das regiões envolvidas. É neste contexto que os pesquisadores e especialistas da ARI enxergam a possibilidade de institucionalizar ações de cooperação.
As reuniões são iniciativas da Embrapa e contam com apoio do MAPA, Ministério das Relações Exteriores e ABC – Agência Brasileira de Cooperação. (Embrapa)