Europa baliza pós-Kyoto, diz especialista

A decisão da UE de elevar sua meta de energias renováveis para 20% até 2020 cria uma pressão política para a próxima fase do Protocolo de Kyoto, que deverá ser adotada no ano que vem. A avaliação é de José Goldemberg, do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP.

“A meta indica como vai ser o novo Protocolo de Kyoto. O novo acordo não pode ser pior que isso [que os 20% adotados pela UE]”, disse Goldemberg. Para ele, a decisão européia tem sabor de vingança: em 2002, Goldemberg e o Brasil foram derrotados na Cúpula de Johannesburgo ao propor uma meta de 10% de renováveis para o planeta até 2010.

“A UE é o único bloco que se comporta seriamente.” Mas ele diz que isso é pouco: afinal, os europeus só respondem por 15% das emissões mundiais de gases-estufa.
(Fonte: Folha de S. Paulo)