A OMS, no entanto, elogiou o “compromisso sem precedentes” que existe para erradicar estas doenças, presentes principalmente na África e na América Latina.
“Os dirigentes políticos e ministérios da Saúde dos países afetados, assim como as agências de desenvolvimento, bancos, fundações, cientistas e as principais companhias farmacêuticas do mundo se comprometeram a alcançar este objetivo”, disse a OMS em um comunicado.
A organização contabilizou 14 doenças “esquecidas”, entre elas a do verme da Guiné e a hanseníase. A maior parte delas é transmitida por mosquitos nos países tropicais.
Margaret Chan, diretora-geral da OMS, assinou nesta quinta-feira um acordo com a empresa farmacêutica alemã Merck KGaA para combater o verme causador da esquistossomose, que provoca anemia severa e prejudica o desenvolvimento e o crescimento das crianças.
Segundo o acordo, a Merck cederá 200 milhões de comprimidos de seu medicamento Praziquantel, por US$ 80 milhões, durante dez anos.
Os acordos com o setor privado são fundamentais para oferecer tratamento gratuito às populações mais pobres do mundo e erradicar as doenças, disse o vice-diretor-geral do setor de doenças contagiosas da OMS, David Heymann.
“Com freqüência, estas doenças podem ser eliminadas totalmente graças ao emprego de estratégias corretas”, acrescentou Heymann em entrevista coletiva.
A OMS garantiu que fechou pelo menos oito alianças com o setor privado e que, em breve, estabelecerá novos convênios. (France Presse/ Folha Online)