O objetivo do prefeito é reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa (GEE) em 30% até 2030. Ele deseja que a cidade tenha o ar mais limpo, a água mais pura e as melhores práticas de uso da terra. O programa, considerado ambicioso, conta com 127 iniciativas isoladas e vai além das ramificações locais, pois Nova York é responsável por 1% do total de emissões de GEE dos Estados Unidos.
Especialistas em sustentabilidade estão entusiasmados com a iniciativa. Eles dizem que é mais fácil realizar mudanças em pequena escala do que em nível nacional. Além disso, as cidades são os locais onde mais ocorre desperdício e onde mais se consome energia. “Montar corretamente o quebra-cabeça urbano é o desafio para os próximos 25 anos, porque de agora até 2030, o número de pessoas morando em áreas urbanas irá dobrar”, diz Chuck Redman, diretor do Instituto Global de Sustentabilidade da Universidade do Estado do Arizona.
Para Bloomberg, não será fácil aprovar seu programa, em grande parte porque muitos dos pontos requerem aprovação de legisladores de estado e do governador.
O prefeito apresentou as suas propostas três semanas antes de um encontro que terá com representantes de outras 40 cidades ao redor do mundo, em que discutirão caminhos para redução de GEE. Um dos participantes será o prefeito de Londres, Ken Livingstone, que fez da redução de emissões uma prioridade de sua administração.
Uma das propostas mais controversas de Bloomberg é chamada Programa “Piloto”, pelo qual será cobrada uma taxa de 8 dólares para carros e de 21 dólares para caminhões que entrarem ao sul da rua 86 em Manhattam. Um sistema semelhante foi aplicado em Londres.
Oposicionistas dizem que a cobrança irá penalizar os moradores mais pobres da cidade. “Esta é mais uma taxa para os habitantes de Nova York. Se você está dirigindo uma limusine, pode pagar isso; mas a cidade também é feita da classe trabalhadora que será prejudicada por essa medida”, afirma Walter McCaffrey, um lobista que representa os negócios locais e grupos de trabalhadores. (The Guardian/ CarbonoBrasil)