Simulações de computador anteriores do aquecimento global erram ao prever um excesso de chuvas, diz o trabalho. Como o tempo seco é mais quente, as simulações subestimam as temperaturas a leste do Rio Mississippi, afirmam os cientistas Barry Lynn e Leonard Druyan, da Universidade Columbia e do Instituto Goddard de Estudos Espaciais.
“A menos que tomemos fortes medidas para cortar as emissões de dióxido de carbono, vai ficar muito mais quente”, disse Lynn. “vai ser muito mais perigoso para quem não estiver com a saúde no auge”.
O trabalho recebeu críticas de outros especialistas em clima, em parte porque o leste dos EUA teve um tempo mais frio e úmido que o esperado.
No lugar das máximas diárias registradas nos anos 90, com média de 27º C a 30º C, o leste dos EUA assistirá a máximas de 33º C a 36º C, segundo o estudo. O trabalho focalizou o leste norte-americano porque este foi o foco do financiamento recebido pelos pesquisadores, vindo da Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) do governo.
Muitos políticos e céticos do aquecimento global criticam modelos de computador que buscam prever o clima do futuro, considerando as conclusões dessas simulações muito alarmistas e apocalípticas. Mas Druyan diz que o problema, na verdade, é que a maioria dos modelos, quando aplicada ao passado, subestima a gravidade do aquecimento global.
“Sinto muito pelas más notícias”, disse Druyan. “Fica pior em toda parte”.
Um especialista em simulações de clima, Jerry Mahlman, criticou o estudo, ao dizer que os pesquisadores não compraram os modelos corretamente. Já Andrew Weaver, editor da revista especializada Climate, elogiou o artigo, dizendo que faz “perfeito sentido”. (Associated Press/ Estadão Online)