Os pesquisadores, liderados pelo cientista Finlay Dick, revelaram que estar exposto a altos níveis de pesticidas aumenta em 39% o risco de desenvolver Parkinson.
Os cientistas da universidade estudaram as possíveis causas em 959 pacientes afetados pela doença neurológica. Em 10% dos casos, os primeiros sintomas são revelados antes dos 40 anos de idade.
Todos as pessoas que participaram da pesquisa responderam perguntas sobre as atividades que realizam em seu tempo livre, o histórico médico de sua família, o consumo de tabaco e a exposição a todo tipo de produtos químicos, desde solventes e pesticidas até ferro, carvão e magnésio, segundo a análise publicada na revista científica “Occupational and Environmental Medicine”.
Apesar de a genética continuar sendo o maior fator de risco para desenvolver o mal de Parkinson, o estudo revela que a exposição aos pesticidas também está entre as causas mais prováveis.
Estudos anteriores já apontaram para a elevada possibilidade de que os pesticidas estejam relacionados a alguns casos de Parkinson, já que há altos índices da doença entre trabalhadores rurais.
Segundo Finlay Dick, os resultados do estudo não demonstram que os pesticidas causam o mal de Parkinson, mas reforçam a evidência de que existe algum tipo de associação entre a exposição a esses produtos químicos e o desenvolvimento da doença degenerativa.
Im porta-voz da Sociedade do Mal de Parkinson do Reino Unido destacou que a importância da pesquisa está em confirmar que “a causa do Parkinson não é uma só, mas uma combinação entre a genética e os fatores ambientais”. (Efe/ Estadão Online)