A pesquisa é apresentada na última edição da revista científica britânica “Nature” (www.nature.com) e serve como advertência sobre as práticas (até agora não consideradas prejudiciais) desenvolvidas por alguns agricultores e encarregados de manejo florestal nessas regiões.
Os especialistas advertem que o uso de adubos e as queimadas liberam uma maior quantidade de nitrogênio na atmosfera.
Segundo os cientistas, isso favorece o crescimento desproporcional das florestas das regiões temperadas e boreais do hemisfério Norte.
“Os resultados de nosso estudo demonstram que o ser humano controla o equilíbrio dos níveis de dióxido de carbono das florestas das áreas temperadas e boreais, diretamente, através da gestão das florestas, ou indiretamente, pelas emissões de nitrogênio”, afirmam os cientistas no artigo.
O estudo não deixa de mencionar outras variáveis que incidem na circulação de dióxido de carbono: o aumento das temperaturas, as mudanças nos modos de cultivar a terra e a fotossíntese das plantas.
Segundo os cientistas, esses fenômenos que contribuem para o desequilíbrio do dióxido de carbono nas florestas devem ser somados ao abandono agrícola, que propicia a expansão incontrolada das grandes massas florestais.
Em princípio, isso pode parecer uma notícia boa, porque o crescimento acelerado das florestas retira dióxido de carbono do ar, e esse gás é o principal responsável pelo aquecimento global. Resta saber se essa capacidade das florestas continuar – há indícios de que, quando o gás carbônico e o nitrogênio alcançam certo limite máximo, as árvores deixam de realizar tal trabalho com eficiência. (Globo Online)