Operação Ouro Verde prende grupo suspeito de cometer crimes ambientais

A Polícia Federal desencadeou nesta sexta-feira (29) a Operação Ouro Verde 2 no Pará e no Maranhão. Cerca de 150 policiais federais estão cumprindo 30 mandados de prisão e outros 34 de busca e apreensão.

De acordo com nota da assessoria da Polícia Federal, entre os envolvidos estão ex-funcionários públicos, hackers e 155 empresários do setor madeireiro, que teriam provocado um “enorme” desmatamento na floresta amazônica. Além de crime ambiental, eles teriam praticado corrupção ativa e passiva, estelionato, inserção de dados falsos em sistema de informações e violação de sigilo funcional.

O grupo teria fraudado o sistema informatizado que emite o DOF – Documento de Origem Florestal, exigido pelo Ibama – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis para o transporte de madeira e de outros produtos florestais de origem nativa. Em apenas uma das operações fraudulentas, o grupo teria obtido lucro ilícito de R$ 16 milhões.

As investigações da Polícia Federal apontam também que os hacker s teriam desbloqueado, pela internet, o Cadastro Técnico Federal do Sistema do Ibama e da Secretaria de Meio Ambiente do Pará.

Além de Belém, a operação está sendo realizada em mais dez cidades do interior do Pará e em dois municípios do interior do Maranhão.

Em outubro de 2005, a Polícia Federal, o Ibama e os ministérios do Meio Ambiente e da Justiça realizaram a primeira versão da Operação Ouro Verde para combater práticas irregulares de exploração dos recursos florestais nos estados do Pará, Mato Grosso e Rondônia. Na época, os envolvidos também eram acusados de falsificar o documento, chamado na época de ATPF – Autorização para Transporte de Produtos Florestais. (Agência Brasil)