O distrito de Xigong, por exemplo, pagou US$ 125 por 2.000 moscas entregues no dia primeiro de julho, durante o lançamento da “Grande campanha municipal contra as moscas e os mosquitos”. “Acreditamos que esta é a melhor maneira de induzirmos as pessoas a cuidarem mais de seu entorno”, declarou Hu Guisheng, diretor do escritório administrativo do distrito, ao justificar a inusitada iniciativa em Louyang, um município com 1,55 milhão de habitantes.
Segundo a mídia estatal, a localidade luta para conquistar o título nacional de “Cidade Higiênica”, recompensa habitualmente concedida aos municípios que cumprirem os dez critérios estabelecidos pelo governo central chinês em 2005, com destaque para as medidas de prevenção e gestão de agentes transmissores de enfermidades. “Eles (os critérios) exigem que as cidades controlem de forma efetiva a proliferação de ratos, moscas e mosquitos, entIre outros agentes”, afirmou a imprensa local.
A iniciativa, entretanto, também atraiu pesadas críticas. Para muitos, tudo não passa de um golpe de marketing, com “pífios resultados” e “desperdício de dinheiro público”.
“Se trata de chamar a atenção? Bem, que mal há nisso? O dinheiro está sendo adequadamente empregado”, reagiu Hu, sem revelar o destino que concederá às milhares de moscas atualmente empilhadas nas instalações sanitárias da cidade.
(Fonte: Paulo Vicentini / Agência Estado)