Recifes de coral do Pacífico morrem mais rápido que esperado

Recifes de coral em boa parte do Oceano Pacífico estão morrendo mais rapidamente que o esperado, de acordo com pesquisa divulgada nesta quarta-feira (08). O declínio é impulsionado pela mudança climática, doenças e pela exploração econômica das regiões costeiras.

Cientistas da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill determinaram que a cobertura de corais no Indo-Pacífico – área que vai de Sumatra até a Polinésia Francesa – caiu 20% nas últimas duas décadas.

Cerca de 960 quilômetros quadrados de recifes desapareceram desde os anos 60, diz o estudo, e as perdas tiveram uma proporção semelhante tanto na Grande Barreira de Corais da Austrália, considerada uma área bem protegida, quanto nas reservas marítimas das Filipinas.

“Descobrimos que a perda de recifes que constroem corais foi muito mais ampla do que se imaginava”, afirma John Bruno, que conduziu o trabalho, ao lado de Elizabeth Selig. “Mesmo os recifes mais bem manejados no Indo-Pacífico sofreram perdas significativas nos últimos 20 anos”.

O trabalho descobriu que os declínios começaram muito antes do que se estimava, e refletem tendências globais. As Nações Unidas determinaram que cerca de um terço dos corais do mundo já desapareceram, e 60% deverão se perder até 2030.

O Indo-Pacífico contém 75% dos recifes de coral do mundo, que abrigam uma ampla gama de animais e plantas marinhos. Os corais também dão abrigo a comunidades insulares e são uma importante fonte de renda: alguns são avaliados em até US$ 270.000 o quilômetro quadrado. (Estadão Online)