A constatação é de um estudo realizado por 13 pesquisadores, que recebeu o título “Saúde do Planeta, dos Lugares e das Pessoas”. De acordo com a pesquisa, os estudiosos estão conseguindo somente agora reconhecer as repercussões do aquecimento global sobre a saúde.
O estudo calcula que o aumento na freqüência das ondas de calor acarretará uma duplicação ou até mesmo em uma triplicação até 2050 dos casos de infarto e doenças respiratórias.
Aumentará também a quantidade de pessoas afetadas pela asma, as infecções transmitidas por mosquitos, os casos de envenenamento por alimentos e as infecções virais, como a gripe aviária e a Sars (síndrome respiratória aguda grave).
Impacto – “A rápida expansão do impacto humano sobre o ambiente natural está projetando uma grande sombra sobre a saúde das gerações futuras”, escreveu o autor do estudo, o professor Tony McMichael, da Universidade Nacional de Canberra.
As investigações sobre a saúde e a medicina estão se desenvolvendo junto à mudança climática, pois, já não se podem fundamentar na mesma premissa de que o mundo natural é essencialmente constante, acrescentou o estudioso.
“Hoje as ações humanas estão obstaculizando o trabalho da natureza. Necessitamos compreender melhor como as mudanças induzidas pelo homem, sobre o clima e o ambiente global, têm efeito em nossa vida e na das próximas gerações”, concluiu. (Folha Online)