Além das estruturas necessárias à visitação, o programa, que tem por finalidade promover a estruturação do Parque Nacional, implantou recentemente no local uma Trilha Interpretativa e está finalizando o projeto Estratégia de Uso Público para o parque, além de um curso de capacitação de monitores ambientais locais, que preparará pessoas da comunidade para o acompanhamento dos visitantes dentro e fora da Unidade de Conservação. “Estamos criando uma estrutura voltada principalmente para atender a população de Itaituba, para que ela possa conhecer, desfrutar e valorizar o parque”, disse Márcio Ferla, chefe da unidade.
Em três anos de trabalho conjunto, foram investidos no Parna da Amazônia R$ 540 mil, aplicados em programa que envolveu ações de levantamento da fauna e flora do local e inventários biológicos com objetivo de permitir a atualização do plano de manejo, reestruturação do conselho consultivo e a aquisição de equipamentos de geoprocessamento.
Segundo o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, todas essas iniciativas têm por finalidade criar as condições necessárias para que o Parque possa cumprir sua função como vetor para a promoção do ecoturismo e como alternativa econômica para o desenvolvimento sustentável local. Além disso, o Parna da Amazônia está inserido no Programa da Visitação dos Parques Nacionais, numa parceria que integra o Instituto Chico Mendes, os ministérios do Meio Ambiente e do Turismo e a Embratur, informou o secretário.
Criado em 1974, após a abertura da Transamazônica, o Parna da Amazônia foi o primeiro daquela região. Esta primeira área de proteção integral possui 1.161.864 hectares e está localizada às margens do Rio Tapajós. O Parna é uma das áreas protegidas mais ricas em espécies de aves do mundo, sendo bastante visitada por observadores de pássaros do mundo todo.
O Programa de Apoio à Conservação da Biodiversidade da Amazônia, lançado este ano e que durará até 2012, vai receber, neste período, R$ 2 milhões das instituições parceiras. Ao final do programa, o que se pretende é a criação de um fundo de cerca de R$ 60 milhões que serão utilizados para a proteção e viabilização do funcionamento das unidades de conservação na região onde se insere o Parna da Amazônia. (MMA)