A CAN, que reúne 430 organizações ambientalistas, afirmou que os países industrializados deveriam fornecer o capital e ajudar as outras nações a se adaptar.
Com apenas 15% da população mundial, as nações desenvolvidas são responsáveis por 70% das emissões de dióxido de carbono do mundo.
O Protocolo de Kyoto sobre a mudança climática estabelece que os fundos para adaptação devem ser voluntários e fixa um imposto de 2% sobre o volume do mercado internacional de carbono para financiar projetos dos países em desenvolvimento que tenham assinado o acordo.
As organizações ambientalistas tentam fazer com que o novo acordo discutido na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, em Bali, dê mais importância que Kyoto aos mecanismos de adaptação ao clima, fundamentais para os países mais pobres.
Estas nações são as que estão sendo mais atingidas por inundações, secas e outros desastres naturais provocados pela elevação das temperaturas.
A ativista Rachel Berger, do grupo Ação Prática, assegurou nesta quinta-feira que o financiamento destes projetos “não é uma questão de assistência, mas de financiar os países pobres para que possam continuar existindo”.
A CAN, que conta com escritórios em África, Europa, Américas e Ásia, com secretaria-geral em Bonn (Alemanha), promove ações governamentais e individuais para limitar a ação do homem na mudança climática e conseguir níveis ecológicos sustentáveis. (Folha Online)