A pesquisa, publicada no domingo (6) na revista “Nature Medicine”, demonstra que o cérebro e a medula são capazes de reorganizar certas funções mesmo após o trauma, recuperando a comunicação em nível celular necessária para andar.
No experimento, os camundongos tiveram parte de suas medulas lesionadas em laboratório gradualmente e voltaram a andar em um período de oito a 10 semanas. Porém, de acordo com os cientistas, não da mesma forma como antes da lesão.
“Este estudo não é o fim da história. É o começo dela”, afirma Michael Sofroniew, neurobiologista que liderou a pesquisa.
“Nós identificamos o que parece ser um mecanismos que ainda era desconhecido na retomada das funções após este tipo de lesão. Nós precisamos entender e aprender melhor como explorá-lo.”
A medula cervical passa pelo pescoço e pelas costas e contêm nervos que conduzem sinais do cérebro enviados ao resto do corpo. Uma lesão na medula – em um acidente de carro, por exemplo – pode causar paralisia em pontos inferiores ao local do trauma. (Folha Online)