O país europeu possui 16 objetivos ligados à área ambiental a serem atingidos até 2020. Entre eles, redução dos impactos das mudanças climáticas, proteção da camada de ozônio, limpeza do ar, e manutenção de florestas sustentáveis. Por isso a curiosidade dos parlamentares em diversos projetos e iniciativas brasileiras.
Tanto a ministra quanto a secretária destacaram as diferentes experiências já em andamento no País, como a queda de 59% na taxa de desmatamento da Amazônia nos últimos três anos; o percentual significativo que as fontes renováveis ocupam na matriz energética brasileira e as pesquisas para avaliar o impacto das mudanças climáticas na biodiversidade e na população em diferentes biomas. De acordo com Thelma, há também grande interesse dos suecos na posição do Brasil nas negociações internacionais para o período pós-2012, quando termina o primeiro período de compromissos do Protocolo de Quioto.
No caso das mudanças climáticas, a Suécia precisa cortar as emissões em até 50%, a partir dos níveis atuais, até 2050, ou mantê-las abaixo de 4,5 toneladas de CO2 por pessoa/ por ano. Este valor hoje é de cerca de 8 toneladas/ano. Para atingir essas metas, o país realizou diversas reformas, inclusive no setor tributário, e vem colhendo alguns frutos. Entre 1990 e 2005, as emissões de CO2 caíram mais de 7%, ao mesmo tempo em que o Produto Interno Bruto cresceu 35%. As emissões do setor de transporte, no entanto, cresceram cerca de 10% entre 1990 e 2002.
Esse índice justifica o interesse dos suecos nos projetos brasileiros de biocombustíveis. Hoje, um quinto da matriz energética do país é suprida por biocombustíveis e todos os postos misturam 5% de etanol ao petróleo. Por lei, os maiores revendedores são obrigados a vender biocombustíveis desde 2006 e, a partir de 2007, os consumidores recebem descontos na compra de carros mais eficientes (flex). (MMA)