“Rússia e Estados Unidos compartilham o mesmo ponto de vista: a Antártida é patrimônio de toda a humanidade. Aqui só podem ser dirigidos experimentos científicos”, disse Ivanov à imprensa em uma base científica russa no continente.
Cientistas russos fincaram, em meados de fevereiro, a bandeira do país no Pólo Sul geofísico, seis meses após fazer o mesmo no Pólo Norte.
A “simbólica” operação foi realizada no fundo do mar por uma embarcação integrante de uma expedição antártica russa que atracou no continente no final de janeiro, e abandonou a zona na semana passada.
O principal objetivo da expedição foi reabrir duas estações antárticas cancelada por falta de recursos nos anos 80 e fazer uma estimativa das reservas energéticas da zona.
Todas as atividades no continente estão regulamentadas pelo Tratado da Antártida, assinado em 1º de dezembro de 1959 por 44 países, e em vigor desde 1961.
Esse acordo estabeleceu o marco jurídico para a utilização e a soberania do continente antártico embora, posteriormente, Chile, Austrália, França, Nova Zelândia, Argentina, Reino Unido e Noruega tenham expressado pretensões territoriais.
A partir de 1998, entrou em vigor o Protocolo de Madri, assinado em 1991, que fixou a Antártida como uma zona desmilitarizada na qual só podem ser desenvolvidas pesquisas científicas.
Isso não evitou que a maioria dos países com bases na Antártida, incluindo a Rússia, desenvolva programas que incluem a busca de hidrocarbonetos e de recursos minerais no subsolo antártico.
A Rússia se manifestou terminantemente contra a repartição da superfície da Antártida, com base em reivindicações territoriais unilaterais como as colocadas no final de 2007 pelo Reino Unido, que foram apoiadas por Argentina e Chile. (Yahoo Brasil)