O estudo, publicado nesta semana na revista especializada “Proceedings of the National Academy of Sciences”, afirma que a descoberta pode ajudar engenheiros a desenvolver robôs capazes de escalar superfícies, no desenho de máquinas capazes de planar e até de naves espaciais.
Eventualmente, afirmam os pesquisadores, a cauda “ativa” pode ajudar astronautas a realizarem manobras no espaço.
Segundo afirma o autor do estudo, Robert Full, experimentos anteriores com lagartixas apontavam os dedos do réptil como a única ferramenta utilizada pelo animal para escalar superfícies verticais, como paredes.
“Quando colocamos as lagartixas em superfícies perfeitas, eles nunca derrapam e não usam seus rabos”, afirma Full. “Mas quando as colocamos em locais escorregadios, nós descobrimos que seu rabo passa a ter uma função ativa, funcionando como uma quinta pata.”
Com o auxílio de vídeos, os pesquisadores identificaram quando a lagartixa perde tração em uma pata e passa a utilizar seu rabo para prevenir retornar na superfície até que seus dedos sejam fixados novamente.
Os engenheiros com quem Full colaborou planejam agora como desenvolver caudas em seus robôs que possam realizar os mesmo movimentos. Nas lagartixas, diz o pesquisador, o movimento provavelmente funciona por reflexo. (Folha Online)