Na segunda-feira (5), a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, reconheceu que a taxa de desmatamento em 2008 deve apresentar crescimento em relação a 2007, após três anos de queda. “O verão se prolongou, tivemos um aumento de preços de alguns produtos agrícolas e, ao mesmo tempo, é um período eleitoral em que a capacidade de fiscalizar e combater (a ilegalidade) se vê diminuída.”A taxa de ilegalidade no setor madeireiro amazônico varia de 50% a 80%. De acordo com o Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), 36% da madeira extraída da Amazônia Legal é exportada. O principal mercado externo é o europeu, segundo o Ministério do Desenvolvimento: cerca de 47%. Dados da própria indústria madeireira da UE indicam que o contrabando impõe às nações exportadores perdas anuais de US$ 15 bilhões em impostos não recolhidos.
A idéia do comissário europeu para o Meio Ambiente, Stavros Dimas, é que o importador seja obrigado a dizer exatamente qual foi o percurso da madeira desde seu país de origem até ser transformada no produto final. O sistema visa rastrear a origem da madeira e premiar os exportadores e importadores que sigam leis de proteção e gerenciamento dos recursos naturais. Hoje, o certificado é voluntário e os controles são pouco claros, na avaliação de autoridades ambientais. (Fonte: O Estado de São Paulo)