Estados Unidos podem financiar Fundo Amazônia

Os Estados Unidos podem ser um dos financiadores do Fundo Amazônia, que teve o decreto de criação publicado na segunda-feira (4) no Diário Oficial da União. O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e o embaixador dos Estados Unidos, Clifford Sobel, tiveram, em Curitiba (PR), a primeira conversa sobre o possível auxílio. “Este foi só o começo, ele (ministro) me deu o número do telefone particular e vamos tentar marcar um encontro ainda para esta semana”, disse o embaixador.

Sobel pretende que as negociações sejam feitas entre Minc e a administradora-geral da United States Agency of International Development (Usaid), Henrietta Fore, que estará no Brasil no fim de semana. “Com o anúncio desse novo fundo, gostaria muito que o ministro tivesse uma conversa com essa administradora para aprender mais sobre o programa”, destacou Sobel. A agência do governo norte-americano presta assistência econômica e humanitária.

Palestrante na 7ª. Conferência Executiva de Segurança Pública para a América do Sul da Associação Internacional dos Chefes de Polícia, Minc disse, em entrevista coletiva, que o objetivo é a agência ter US$ 900 milhões já no primeiro ano. O primeiro país a contribuir é a Noruega, com US$ 100 milhões. Segundo ele, o fundo é “completamente soberano”, sem que países ou entidades financiadoras participem da gestão.

“No Fundo Amazônia, os países doadores não têm assento e o órgão executor é o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)”, destacou o ministro. “É um fundo 100% soberano”. O objetivo, segundo o governo, é financiar atividades sustentáveis, manejos florestais, comercialização e transformação de produtos, além de outras práticas ambientalmente corretas. (Fonte: Evandro Fadel/ Estadão Online)