A “explosão populacional” dos grandes macacos vem de duas áreas recentemente descobertas no norte da República do Congo. Estimativas anteriores, feitas nos anos 1980, afirmavam que a população da espécie era inferior a 100 mil indivíduos. Acreditava-se que esse número tinha caído pelo menos 50% desde então, graças à caça e a epidemias. Os novos indivíduos da espécie significam que a população real deve estar entre 175 mil e 225 mil gorilas.
“É uma descoberta muito significativa, se levarmos em conta o terrível declínio populacional dessas criaturas magníficas causado pelo vírus Ebola e pela busca por carne de caça”, diz Emma Stokes, membro da equipe de pesquisa. A estimativa foi feita contando os “ninhos” que os gorilas constroem para dormir – os primatas, muito tímidos, são difíceis de contar individualmente.
Todos ameaçados – As quatro espécies reconhecidas de gorilas (às vezes também classificadas como subespécies) são consideradas ameaçadas ou criticamente ameaçadas (a pior situação possível para um animal ainda não extinto) pelos critérios internacionais. Por isso, Stokes afirma que o novo senso não quer dizer que os bichos estejam a salvo. “Não podemos nos tornar complacentes. O Ebola é capaz de matar milhares deles num período muito curto”, afirma.
Os dados esperançosos foram liberados em Edimburgo, na Escócia (Reino Unido), junto com um novo relatório sobre a situação dos primatas no mundo. As notícias não são boas: quase metade das 634 espécies e subespécies dos parentes mais próximos do homem correm risco de desaparecer. (Fonte: G1)