O Prodes analisou 213 imagens do satélite Landsat, complementadas por imagens CCD/CBERS, SPOT e DMC em área nubladas, e chegou a 11.523 quilômetros quadrados desmatados ao todo na Amazônia Legal, no último ano. O resultado é 18% menor do que alcançado entre agosto de 2005 e 2006. O estado que mais devastou conforme o último levantamento foi o Pará, com área total de 5.425 quilômetros quadrados.
O Prodes é uma das ações no Grupo Permanente de Trabalho Interministerial para a Redução dos Índices de Desmatamento na Amazônia Legal.
Nortão – A Operação Guardiões da Amazônia – Base Pacunero, realizada pelo Ibama, se encerrou nesta sexta-feira contabilizando 14.946 hectares de áreas embargadas por desmatamento ilegal na região entre os municípios de Canarana, Querência e Gaúcha do Norte, nas porções nordeste e norte de Mato Grosso. Sessenta e cinco autos de infração foram aplicados, que resultaram em cerca de R$ 43 milhões de multas.
A Polícia Federal, a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Ibama atenderam denúncias de desmatamento por três dias e realizaram vistorias em dez propriedades, cujos donos não foram localizados. Um frigorífico, que funcionava sem licença de operação, teve suas atividades paralisadas pela fiscalização, bem como foram paralisados os trabalhos de uma represa sem licença de instalação e de uma draga para extração de areia.
A fiscalização dos agentes ambientais na região apreendeu dois mil metros cúbicos de lenha, um caminhão, dois barcos, 16 aves e 70 quilos de pescado. A fiscalização percorreu os rios Kuluene e Sete de Setembro, que formam o rio Xingu. As incursões compreenderam também a unidade de conservação estadual Refúgio Silvestre Quelônios do Araguaia, no rio das Mortes. Nela está instalado o Centro de Conservação e Manejo e Répteis e Anfíbios (Ran) do Instituto Chico Mendes. Um trabalho de conservação de tartarugas é desenvolvido na região desde 1980.
A Operação Guardiões da Amazônia – Base Pacunero teve o escritório do Ibama em Canarana como base. As ações foram coordenadas pela Gerência do Ibama em Barra do Garças e pela Superintendência do Ibama em Goiás. O nome da operação se refere a um rio que corta a região fiscalizada. (Fonte: Diário de Cuiabá/MT)