O anúncio foi feito na quinta-feira (28), em Tuktoyaktuk, na costa do mar de Beaufort, no noroeste do país, durante visita de três dias em que o chefe de governo busca reforçar a reivindicação por soberania canadense de uma parte do Ártico.
A reivindicação canadense sobre a área, que possui vastas reservas de petróleo e gás natural, é contestada por vários países.
Os Estados Unidos, especialmente, insistem que a passagem é uma via marítima internacional.
Harper buscou se apresentar como um líder desejoso de proteger a reivindicação por soberania canadense, em um momento em que se espera que ele convoque eleições gerais no país.
Diante de uma brisa gelada vinda do mar de Beaufort e com um navio quebra-gelo da Guarda Costeira ao fundo, Harper enfatizou a importância de defender os interesses de seu país no Ártico.
“A soberania, como você sabe, não é uma noção abstrata. Ela representa uma fonte de autoridade e proteção”, afirmou.
Harper disse que tal proteção agora iria exigir que todos os navios de grande porte que entrem em águas do Ártico canadense se registrem junto à Guarda Costeira do país. Esse registro atualmente é voluntário.
“Estas medidas vão enviar uma mensagem clara ao mundo”, disse Harper.
“O Canadá assume a responsabilidade pela proteção ambiental e implementação da lei em nossas águas do Ártico.”
O derretimento de geleiras oferece a possibilidade de que a Passagem Noroeste possa finalmente se tornar navegável, ligando os oceanos Atlântico e Pacífico.
Esta possibilidade, e as muitas reservas ocultas do Ártico, fizeram com que vários países da região – como Rússia, Estados Unidos, Dinamarca, Islândia e Noruega – também busquem reivindicar soberania sobre áreas da região. (Fonte: G1)