A medição foi realizada pelo sistema Deter (Detecção de Desmatamento em Tempo Real), que identifica apenas as áreas desmatadas ou degradadas que tenham área maior que 2.500 m². Devido à cobertura de nuvens, nem todos os desmatamentos são detectados.
Em comparação ao mesmo mês do ano anterior, o crescimento do ritmo de desmatamento é ainda maior, atingindo 228,7%. Em agosto de 2007, o Inpe registrou 230,2 km² de áreas devastadas.
Os focos de desmatamento já podem ser vistos no mapa interativo Globo Amazônia, que mostra os pontos de destruição da floresta e possibilita aos internautas protestar contra queimadas e desmatamentos.
Segundo o Inpe, o Pará continua sendo o estado que mais desmata. De 30 de julho a 30 de agosto, foram registrados 435,3 km² de desmatamentos nessa unidade da federação. Em segundo lugar ficou o Mato Grosso, com 229,2 km², seguido por Rondônia, onde a floresta perdeu 29,9 km².
Apesar de registrar grande diferença em relação ao mês de julho, o desmatamento registrado em agosto mantém a média dos últimos 12 meses, período em que 8.673 km² de florestas foram derrubados na Amazônia.
Em comparação com os 12 meses anteriores, o desmatamento cresceu 83%, pois entre setembro de 2006 a agosto de 2007 os satélites registraram 4.731 km² de área desmatada.
Nuvens – Devido à cobertura de nuvens em agosto, apenas 74% da Amazônia Legal pôde ser vista nas imagens analisadas. Ficaram encobertos 99% do território do Amapá e 77% de Roraima. O Mato Grosso ficou livre das nuvens nesse mês, enquanto o Pará teve 24% de sua área encoberta.
O Inpe aponta que a maior parte do desmatamento detectado pode ser caracterizado como corte raso (67,5%) ou degradação florestal de intensidade alta (17%). Nessas duas classificações de derrubada da mata, resta pouca cobertura vegetal sobre o solo. (Fonte: G1)