O Ministério do Meio Ambiente e a Comunidade Européia assinaram na quinta-feira (2) um projeto de cooperação técnica que irá contribuir para a prevenção e o controle do desmatamento na região da BR-163, estrada que liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA). O projeto prevê também a implementação de alternativas econômicas para as populações que vivem na região.
O documento assinado na quinta-feira, chamado “Manejo florestal, apoio à produção sustentável e fortalecimento da sociedade civil na Amazônia Brasileira”, estima investimentos de 5,8 milhões de euros, o que corresponde a quase R$ 15 milhões.
Para o ministro Carlos Minc, a iniciativa será importante para dar sustentabilidade à região.”Esse projeto apóia manejo florestal, ou seja, a possibilidade de comunidades e empresas usarem a madeira sem destruir, de tal forma que daqui a 30 anos a floresta esteja do mesmo tamanho”, afirmou.
Ainda segundo o ministro, a iniciativa “apóia projetos comunitários de produtos não madeireiros, por exemplo, seivas, resinas, óleos, reflorestamento, recuperação de áreas degradadas, diminuição das emissões, manejo florestal, tecnologias limpas”.
O projeto é apoiado pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura (FAO), que se compromete a fornecer apoio técnico.
Para Minc, a defesa da Amazônia é vista com interesse porque outros países enxergam a oportunidade como um “seguro de vida”.
“Muitos desses países, como é o caso da Noruega, vêem a defesa da Amazônia como um seguro de vida. São países muito próximos das geleiras e, seguramente, se intensificar o ritmo dos derretimentos, serão os primeiros a submergirem.”
O chefe da delegação da Comunidade Européia, embaixador João Pacheco, afirmou que o interesse dos europeus é auxiliar a política brasileira de redução de danos ambientais.
“São projetos em que nós nos inserimos numa política do governo brasileiro, e portanto nós estamos apoiando essa política, que acreditamos que é preciso fazer essas ações: reduzir o desmatamento, que se crie um desenvolvimento sustentável, que haja o manejo sustentável da floresta.”
De acordo com o ministro, as ações previstas no documento devem ter início no próximo ano. (Fonte: Leandro Martins/ Rádio Nacional)